sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Semana 10 - Emissora de rádio em Guaíba




Engana-se quem pensa que o jornal O Guaíba é recente. A edição mais antiga que se tem notícia está datada “maio de 1965” detalhe: ano 2! Isso mesmo, em 1964 nascia O Guaíba, jornal que até hoje está em circulação na nossa cidade, infelizmente não há acervo dos primeiros anos desse periódico que de acordo com o seu proprietário foi fechado no 3º ano e reabriu só em 1969 reiniciando a contagem de capa como ano 1.

Naquela data, se mencionava a criação de uma rádio em Guaíba, que divulgaria à população notícias do município, rádio essa que demonstrava interesse em formar parceria com o jornal O Guaíba na transmissão do jornal falado. A Rádio Florida LTDA, pretendia aproveitar ao máximo os elementos locais para formar sua programação, o que era o mais inovador que o guaibense poderia esperar, afinal rádio era o meio de comunicação do momento. “Não resta dúvida que estamos diante de algo fabuloso, para um município que vêm de maneira vertiginosa, tentando atingir o seu apogeu progressista.” é uma das frases que mostra a excitação do redator diante à ideia.

Atualmente Guaíba ainda sente carência no quesito rádio comercial, embora não seja considerada pela população uma prioridade e mesmo não tendo mais a notoriedade que esse meio de comunicação possuía em 1965, uma rádio ajuda a população sócio, cultural e economicamente além de dar à cidade maior visibilidade.





Notícia “Emissora de Rádio em GUAÍBA”,  maio de 1965 (página 4 e capa – reprodução parcial).
Fonte: acervo pessoal Antônio Blaskoski, Guaíba - RS.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Semana 9 - Gilnei forma empresa para concorrer com a Expresso


Era 8 de outubro de 1994, quando o jornal O Guaíba noticiava que o ex-presidente do Sindicato dos Motoristas Profissionais, Gilnei Leal Marques, esperava liberação para compra de 20 ônibus que formariam sete linhas. Segundo o jornal da época, Gilnei já tinha documentação legal e havia ingressado com processo no DAER para obter concessão para formar a “Empresa de Transporte Popular Direito da Cidadania Ltda”. Mesmo desacreditado pela população, Gilnei se mostrava motivado a atingir seus objetivos, de acordo com ele “A empresa Rio Guaíba precisa de concorrência e eu vou ser esse concorrente” e ainda afirma: “só dependo dos ônibus”.
Bom, a pergunta que não quer calar é: o que aconteceu com essa proposta?


Notícia “Gilnei forma empresa para concorrer com a Expresso”– 08 de outubro de 1994 (página 6).
Fonte: acervo Jornal O Guaíba – Guaíba/RS.


sábado, 17 de novembro de 2012

Semana 8 - Inauguração da Estrada do Conde

Em 17 de setembro de 1994 noticiava-se a inauguração da Estrada do Conde, que liga Guaíba à Eldorado do Sul. A noticia com muito entusiasmo relatava “Uma comissão formada por segmentos de Guaíba e Eldorado do Sul já trabalha na organização de um grande evento, marcado para o próximo 24 de setembro. Trata-se da inauguração da Estrada do Conde, obra de 12 quilômetros realizada pelo governo do Estado.”.

A euforia, provavelmente, explica-se devido ao fato de esse novo trajeto encurtar 10km na ida até Porto Alegre. Na cerimônia estavam programados atividades como carreatas, rústica e passeio ciclístico, para a mesma contava-se com a presença do então governador do Estado, Alceu Collares.

Estrada do Conde, um trajeto:

- Em 25 de junho de 1998, a Lei 1415/98 alterava o nome do trecho limite dos municípios de Guaíba e Eldorado do Sul, na ponte sobre o Arroio do Conde e, a partir de então, passou a chamar-se Avenida Henry Ford.

- Já o decreto nº 5 de 29 de Março de 2001 de Guaiba, Manoel Stringhini, Prefeito Municipal, considerando a concepção da rodovia que, de acordo com a classificação do DAER, é de classe IV, ou seja, 300 veículos/dia e levando em conta a realidade de fluxo da rodovia (6831 veículos/dia); que o fluxo de veículos que transitam no sentido Eldorado do Sul/Guaíba é de 70% e no sentido contrário apenas 30%; e devido ao avançado estado de deterioração da pavimentação da rodovia; vedou a circulação de veículos de carga pesada e de transporte coletivo que não tivessem autorização de percorrer a rodovia.




Notícia “Estrada do Conde – Obra está perto da inauguração”
17 de setembro de 1994 (página 4).
Fonte: acervo Jornal O Guaíba – Guaíba/RS.


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Semana 7 - Árvore símbolo

O jornal de 6 de outubro de 1990 apresentava o projeto que definia o Cipreste Histórico como árvore símbolo do Município.

No Dia da Ecologia, sob iniciativa do prefeito Solon Tavares e seu vice Mário Polanczyk, foi passado ao presidente da Ama, Flávio Klein, uma cópia do documento que havia sido entregue ao Legislativo. No encontro, onde estavam presentes os secretários de Agricultura e Meio Ambiente e de Turismo, Desporto e Cultura, além da Casa da Amizade e da regional Liga Infanto-Juvenil de Proteção ao Meio Ambiente, aconteceu a derrubada do muro de proteção, que cercava as raízes da árvore, o que, segundo a matéria, seria um dos fatores que aumentaria a longevidade do Cipreste de mais de 300 anos. O projeto visava sensibilizar a população quanto a importância de preservar a árvore.

E não é que deu certo? O sítio histórico está cada dia melhor cuidado e a população já se conscientizou sobre a sua importância na cidade. Além disso, nossos atuais governantes sempre acham uma forma de colocar esse local em evidência com eventos a sua volta, que destaquem sua importância histórico-cultural ao nosso povo.

Curiosidade:

Conta a lenda que o Cipreste data do século XVII e que a sua origem tem relação com as tropas espanholas que por aqui passavam. Com o falecimento do comandante, que foi enterrado no terreno onde a tropa acampava, um cipreste foi plantado para marcar o local, uma árvore que simboliza o luto, a morte e a tristeza. Podendo viver mais de 2000 anos, a planta cresceu e presenciou toda história dessa cidade.





Notícia “Cipreste é Arvore Símbolo”– 06 de outubro de 1990 (página 8).

Fonte: acervo Jornal O Guaíba – Guaíba/RS.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Semana 6 - Cemitério Municipal


E não é só a saúde que esteve “pela hora da morte” nas páginas do JG, o nosso memorável cemitério municipal também já esteve agonizando.

Em 2 de novembro de 1994, a coluna que ilustrava o jornal O Guaíba tinha como manchete “Cemitério Público Municipal enfrenta grandes problemas”. A matéria apresentava os problemas de superlotação do mesmo, por motivos como: a ocupação do terreno para onde seria ampliado o cemitério, por famílias carentes; e por a cidade de Guaíba ter assumido a demanda proveniente de municípios emancipados, como Sertão Santana, Mariana Pimentel, Eldorado do Sul e Pedras Brancas que no momento planejava se emancipar da cidade.

A matéria mostrava uma imagem com a esdrúxula legenda “Área invadida: vivos disputam lugar para morar com mortos” e contava um pouco da história do Cemitério, que em 1964 passou para a responsabilidade do município guaibense, devido às dificuldades financeiras de sua mantenedora a Irmandade Nossa Senhora do Livramento. Segundo o administrador (há mais de 21 anos), Dinarte Ennes, não poderia ser proibido o sepultamento de pessoas vindas de outras localidades, “mas os governos deveriam decidir alternativas, para não sobrecarregar o município, já que é um problema político e não compete a nós decidirmos”.

Estamos em dia de finados, um dia de visitar o cemitério, relembrar os entes queridos, mas de também refletir sobre as condições de nosso cemitério municipal. Se em Guaíba já não há onde se ver um filho nascer, imaginem se não houver onde sepultar um familiar? Além disso, seria justo famílias disputarem lugares com os mortos? Pelo jeito, Guaíba às vezes se mostra complicada para nascer, viver e também para morrer.


Notícia “Cemitério Público Municipal enfrenta grandes problemas”
2 de novembro de 1994 (pág. 4 – reprodução parcial).
Fonte: acervo Jornal O Guaíba – Guaíba/RS.